Deusas da Criação
- Escrito por Sr: Yamagosh Tanashta
- 31 de mar. de 2016
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A arqueologia pré-histórica; como por exemplo no sítio de Çatalhüyük e a mitologia pagã, registram esta origem do culto à deusa mãe e do ocre vermelho. As mais recentes descobertas de uma religião humana remontam, inicialmente, ao culto aos mortos (300.000 a.C.) e ao intenso culto da cor vermelha ou ocre associado ao sangue menstrual e ao poder de dar a vida. Na mitologia grega, a chamada mãe de todos os deuses, a Deusa Brighda(Deusa Terra entre os Wicca) ou deusa Reia (ou Cibele, entre os romanos), exprime este culto na própria etimologia: reia significa terra ou fluxo da natureza. Brighda significa imaculada, misericórdia O acadêmico Joseph Campbell argumenta que Adão—do hebraico אדם relacionado tanto a adamá ou solo vermelho ou do barro vermelho, quanto a “adom” ou vermelho, e “dam”, sangue— foi criado a partir do barro vermelho ou argila. A identidade da religião com a Mãe Terra, a fertilidade, a origem da vida e da manutenção da mesma com a mulher, seria, segundo Campbell, retratada também na Bíblia: ...a santidade da terra, em si, porque ela é o corpo da deusa. Ao criar, Jeová da origem o homem a partir da terra [da deusa], do barro, e sopra vida no corpo já formado. Ele próprio não está ali, presente, nessa forma. Mas a deusa está ali dentro, assim como continua aqui fora. O corpo de cada um é feito do corpo dela. Nessas mitologias dá se o reconhecimento dessa espécie de divindade universal. Diversos autores discutem sobre várias religiões do Oriente Próximo, muitas das quais representavam a deusa mãe por uma serpente e outras por uma simbologia de comunhão realizada pelo ato de comer uma fruta de uma árvore que crescesse perto do altar dedicado à deusa. Estas deusas, nestas mitologia a primeira e única deusa Criadora, também representava o Conhecimento, a Criatividade Humana, Sexo, Sexualidade, Fertilidade, Reprodução, Prosperidade Espiritual, Prosperidade Divina, Novos Ciclos e/ou Destino. São várias as similaridades entre a história da criação no Enuma Elish e a história da criação no Livro do Gênesis. O Gênesis descreve seis dias de criação, seguido de um dia de descanso, enquanto que o Enuma Elish descreve a criação de seis deuses e um dia de descanso. Em ambos a criação é feita pela mesma ordem, começando na Luz, forma um ciclo de descanso pós criação e acabando no Homem. A deusa Tiamat é comparável ao Oceano no Gênesis, sendo que a palavra hebraica para oceano tem a mesma raiz etimológica que Tiamat Timaterüs. Eurínome foi a princípio o protótipo da deusa Mãe Criadora grega e a mais importante divindade dos pelasgos, o povo que ocupou a região da Grécia em tempos pré-históricos antes da invasão jônica e dórica. Após a ascensão do patriarcado, Eurínome foi rebaixada aos status de amante de Zeus e de Criadora passou a ser considerada apenas uma titânide (Titã) filha de Oceano e Tétis. Todavia, mesmo na versão patriarcal da mitologia grega, Eurínome e seu consorte Ofíon reinaram sobre o monte Olimpo até serem derrotados por Reia e Cronos. Então nessa protética batalha, acreditasse Que não mais existem, porém ainda se crê que eles existem e que venceram, porém ainda à aqueles que creem que eles perderam a batalha e escaparam da morte, porém essa parte ainda é crença ou fé, não à nada que diga o contrário. Tiamat na mitologia suméria, Ishtar (Inanna) e Ninsuna na caldeia, Asherah em Canaã, Astarté na Síria e Afrodite na Grécia, por exemplo. Se assemelha em sua beleza e sede de justiça com a Deusa Pagã Yelunnak ou Yelunä (Deusa Lua, Deusa da Alvorada, Deusa do Alvorecer, Deusa da Diretriz) Características da Deusa Yelunnak (Deusa da Renovação, Deusa do Amor, Deusa Carismática, Deusa dos Feitiços e Rituiais) Elam elamitas Uma das mais importantes figuras do panteão foi a deusa Pinikir um nome com cognatos encontrado em outros sistemas de crença de povos desta região. "O fato de que a precedência foi dada a uma deusa, a qual estava acima dos demais deuses do panteão elamitas, indica que os devotos elamitas seguiam o matriarcado nesta religião... No terceiro milênio, estas deusas exibiam um indiscutível poder à frente do panteão elamita. A Deusa da Liderança. Deusas celtas A deusa irlandesa Anann, às vezes conhecida como Dana, tem um impacto como deusa mãe, a julgar pelo Dá Chích Anann perto de Killarney (Condado de Kerry). A literatura irlandesa nomeia a última e mais favorecida geração de deuses como ‘o povo de Danu’ (Tuatha de Dannan), Ceridween. A Deusa da Força. Deusas nórdicas Entre os povos germânicos provavelmente foi adorada uma deusa na religião da Idade de Bronze Nórdica, chamada por Jörð que mais tarde foi conhecida como Nerthus ou Narthás ,na mitologia germânica, e que possivelmente persistiu no culto a Freya da mitologia nórdica. Sua equivalente na Escandinávia era a deusa aclamada por "natureza" Jörð e o deus dos mares e da fertilidade Njörðr. Jord possui diversos aspectos parecidos com as outras deusas, como por exemplo seu nome no Islandês que é Gyðia e quer dizer "deusa". A Deusa da Fertilidade. Deusas gregas Nas culturas do Egeu, Anatólia e no antigo Oriente Próximo, uma deusa mãe foi venerada com as formas de Cibeles (adorada em Roma como Magna Mater, a ‘Grande Mãe’), de Gea e de Rea. Esta que se assemelha a Deusa Mãe Pagã, ambas as histórias se assemelham. A Deusa da Criação. As deusas olímpicas da Grécia clássica tinham muitos personagens com atributos de deusa mãe, incluindo Hera e Deméter. A deusa minoica representada em achados arqueológicos como selos ou outros restos, a quem os gregos chamavam Potnia Theron, ‘Senhora das Bestas’, muitos de cujos atributos foram logo absorvidos também por Artemisa, parece haver sido um tipo de deusa mãe, pois em algumas representações amamenta os animais que carrega. A arcaica deusa local adorada em Éfeso, cuja estátua de culto era adornada com colares e cintos sobre os quais colocavam protuberâncias redondas, mais tarde identificada pelos gregos como Artemisa, foi provavelmente também uma deusa mãe. A Deusa das Criaturas Místicas. A festa de Anna Perenna dos gregos e romanos no Ano Novo, em 15 de março, equinócio do inverno, pode haver sido uma festa da deusa Mãe. Dado que o Sol era considerado fonte de vida e alimento, este motivo de festa também se assemelhava com os cultos de deusas Mães. Festejo antes celebrado pela a antiga religião. (Paganismo). Uma deusa mãe (ou Deusa da Natureza) é uma deusa, por vezes associada à Mãe Terra; é representada como uma deusa geradora da vida, da natureza, águas, fertilidade e cultura; geralmente sendo a generosa personificação da Terra. Conhecidas como Gadesh (sagrado) na maioria das civilizações pagãs as deusas são criadoras do Universo, geram a vida, a cultura, a agricultura, a linguagem e a escrita, resultando numa complexa estrutura teológica, tais como: a deusa hindu Sarasvati, honrada como inventora do alfabeto original; a deusa celta da Irlanda, Brígida, honrada entre os celtas como deusa da linguagem; deusa Nidaba da Suméria (civilização tradicionalmente definida como berço da cultura da escrita), como aquela que inicialmente inventou a escrita cuneiforme e a arte da escrita (a escriba oficial da Suméria também era uma mulher: Enheduana). O termo refere-se a uma religião pagã universal de divindade feminina e seu culto remonta ao início da história humana, como pode ser observado nas retratações de Vênus da Pré-história. O culto à Deusa ou Deusa Mãe foi observado inicialmente na Pré-história (Paleolítico e Neolítico), aonde foram encontradas estatuetas de culto, estendendo-se ao Reino da Frígia, aonde ficou mais conhecida como Cibele, e daí às civilizações grega, romana, egípcia e babilônia onde consolidou-se um enorme panteão de Deusas. A existência do culto em várias culturas não-frígias evidência no entanto que Cibele é tão-somente a manifestação local desta divindade, a qual era identificada, entre os gregos, à Deusa Reia Controvérsia As deidades que se encaixam na moderna concepção de deusas mães tem sido claramente adorada em muitas sociedades até a atualidade. James Frazer (autor de A rama dourada) e aqueles a quem influenciou (como Robert Graves e Marija Gimbutas) avançaram a teoria de que todo o culto na Europa e Egeu que incluiu qualquer tipo de Deusa Mãe tinha origem nos matriarcados neolíticos pró-europeus, e que as diferentes Deusas de localidades distintas eram equivalentes. Ainda que esta ideia tenha tido boa aceitação como categoria útil para a miografia da mitologia, a ideia de que na antiguidade se cria que todas estas Deusas eram intercambiáveis, tem sido objeto de estudo de diversos autores, como James Frazer, J. J. Bachofen, Joseph Campbell, James Melaart, Merlin Stone, Jane Ellen Harrison, Marija Gimbutas, Walter Burkert, entre muitos outros.
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